Killah B #604

Idade: 35 anos // Ocupação: investigadora // Musica favorita: Can I Kick It, A Tribe Called Quest // Curiosidade: meu número é o código de área da cidade onde eu cresci, Vancouver, no Canadá 

Sempre acreditei que o desporto pode mudar a vida das pessoas. No Brasil, trabalhei muitos anos com projetos desportivos e vi como o voleibol transformava a autoestima e a socialização de crianças em situação de risco. O presidente da organização para a qual eu trabalhava era o treinador da seleção brasileira de voleibol, vencedora de vários jogos olímpicos e mundiais, e recordo como ele falava da importância do coletivo, do papel de cada indivíduo no todo. Nunca isso foi tão claro pra mim como no roller derby. Cada uma de nós é essencial para a existência da equipa, tanto em pista (como skaters, coaches, refs e NSOs) quanto fora dela (a organizar jogos e eventos, divulgar a equipa, gerir o dia a dia…). Individualmente, somos mulheres com diferentes biotipos e habilidades, diferentes trajetórias e motivações; mas todas encontramos no roller derby um denominador comum, que nos acolhe, que nos inspira e nos fortalece.

Sou grata pelo roller derby ter cruzado meu caminho. A equipa começou logo que me mudei para Coimbra e vi naquilo a oportunidade de fazer parte de algo novo, de conhecer pessoas, e de voltar a calçar patins quad, que eu não via desde a infância na patinagem artística. Hoje, não imagino minha vida sem as Rocket Dolls. Quando olho para trás e relembro nossos primeiros passos, quando éramos três ou quatro pessoas a sonhar alto, é mesmo emocionante ver tudo que já conquistamos. Ainda melhor, é perceber que continuamos a sonhar, a buscar a evolução sempre, e a deixar a nossa singela marca na história deste desporto apaixonante!

Killah B #604

Rafaela Serrano

Idade: 19 anos // Ocupação: estudante // Musica favorita: varia  

A primeira vez que ouvi falar do desporto foi numa apresentação da escola (feita pela Horny Bolt) e foi quando ouvi falar do roller derby para além de apenas uma troca violenta de empurrões. A apresentação foi pequena mas entusiástica, notava-se que era um tema apaixonante para ela, e falei do roller derby à minha irmã. Parecia um desporto à altura dela, cheio de velocidade e loucura. Mas a Daniela não ficou por aí. Pesquisou e voltou a falar comigo, entusiasmadíssima, explicou como gostaria de experimentar e sugeriu irmos juntas a um treino. Nunca tinha praticado nenhum desporto de equipa fora do contexto escolar, mas após muita conversa ela conseguiu convencer-me a dar uma chance ao desporto, e a minha mãe alinhou também, curiosa.

Fiquei impressionada quando de facto entendi que o roller derby não é um desporto apenas de força bruta e agressividade como até então o tinha visto, mas algo que implica uma grande perícia com os patins (sendo que os patins paralelos eram uma novidade para mim), uma grande entreajuda entre todos os elementos da equipa e que as jogadoras não têm só que usar força como também estratégia. É curioso como um desporto mais virado para o sexo feminino têm tanta aceitação de todos os tipos de corpos e de pessoas, e dá tanta adrenalina em cada jogo como o roller derby (e digo isto apenas do ponto de vista de NSO).

Por agora, enquanto freshie, apenas admiro a cada jogo as vitórias e lamento as derrotas desta equipa, mas tenho visto como se têm desenvolvido, e como, desde o pouco tempo em que aqui estou, o roller derby tem sido dinamizado em Portugal, indo ganhando apoio. Espero que este fantástico desporto seja mais conhecido e aumente em adeptos pela Península Ibérica.

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